Tem gente com aquilo tão apertado que estaria até cortando
prego. Tudo por conta das declarações do índio Guajajara Uirauchene Alves
Soares de que tem uma lista de pessoas dentro do governo para os quais deu
propina para receber o dinheiro do pagamento do transportes escolar indígena.
O blog do Luis Cardoso já havia antecipado a munição que
Uirauchene tem guardada para explodir no momento certo, conforme ele mesmo
revelou em conversa nas proximidade da recepção da Assembleia Legislativa. É
nitroglicerina pura.
Ontem, em entrevista ao jornalista
Geraldo Castro, na Rádio Mirante, o líder indígena voltou a confirmar que tem
uma lista de pessoas que receberam propinas para facilitar o pagamento das
empresas que transportam os índios para as escolas.
“Foi armado um circo em torno dessa
problemática e o Governo tentou apenas me desqualificar diante das minhas
denuncias, mas não rebateu nenhuma afirmação minha, inclusive tudo que foi
acertado na OAB-MA não está sendo cumprido pelo Governo Flávio Dino”, lembrou,
ao se reportar sobre a propina recebida pela assessora especial Simone Limeira,
no valor de R$ 8 mil.
“A propina aconteceu sim, a Simone era
uma espécie de lobista. A maior prova, além dos depósitos e das mensagens já
divulgadas, é que quando ela recebeu a propina na sexta-feira pela manhã, na
parte da tarde a Secretaria de Educação emitiu um documento para pagamento da
empresa, tenho ele em mãos, mas na segunda-feira estranhamente o Governo
suspendeu o pagamento. O Governo tentou desmoralizar um padre sério e agora
quer me desmoralizar. Tenho uma lista de funcionários que recebe propina no
Governo, tem gente que está sem dormir, já informei até alguns deputados e na
hora certa ela (a lista) aparecerá. Inclusive sou a favor de uma CPI da
Propina, eu estou à disposição para colaborar”, afirmou na Rádio Mirante.
Ele conta que tem uma conversa gravada
com o poderoso secretário Márcio Jerry em que propostas indecorosas teriam sido
feitas. É aguardar o momento da bomba explodir.